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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A Outra Mulher

Olá!!


Procurando um e-mail antigo...achei outro..rs

Sem querer encontrei este texto lindo lindo

e claro quis postar aqui no Blog

fiquei feliz em poder relembrar essa mensagem tão linda

que nos faz refletir sobre nossa vida,

nossas atitudes.





A outra mulher 

Após vinte e um anos de casamento, descobri uma nova maneira de manter acesa a fagulha do amor e da intimidade no meu relacionamento com minha esposa.

Comecei, recentemente, a sair com outra mulher. 
Na realidade, foi idéia da minha esposa.

- Você sabe que a ama - ela disse um dia, pegando-me de surpresa. - A vida é muito curta.

Você precisa passar algum tempo com as pessoas que ama.

- Mas eu amo você - protestei.

- Eu sei. Mas também a ama. Você provavelmente não vai acreditar em mim, mas acho que, se vocês dois passarem mais tempo juntos, isso será bom para nós.

Como sempre, Peggy estava certa.

A outra mulher com quem minha esposa estava me encorajando a sair é minha mãe.

Minha mãe é uma viúva de setenta e um anos de idade que vive sozinha desde que meu pai morreu, há dezenove anos. Logo depois de sua morte, viajei quatro mil quilômetros para morar na Califórnia, onde comecei minha própria família e minha carreira. Quando voltei à minha cidade natal há cinco anos, prometi a mim mesmo que passaria mais tempo com ela. Mas, de alguma maneira, com as exigências de meu trabalho e três filhos, nunca cheguei a vê-la fora das reuniões familiares e dos feriados.

Ela ficou surpresa e desconfiada quando telefonei e sugeri que fôssemos jantar e depois ao cinema.

- O que aconteceu? Você vai se mudar para longe com meus netos? - perguntou.

Minha mãe é o tipo de mulher que acha que qualquer coisa fora do habitual - um telefonema tarde da noite ou um convite surpresa para jantar feito por seu filho mais velho - significa más notícias.

- Achei que seria bom passar algum tempo com você - eu disse. - Só nós dois.

Ela avaliou a observação por um instante.

- Eu gostaria disso - falou. - Gostaria muito. Surpreendi-me nervoso enquanto dirigia para a casa dela na sexta-feira depois do trabalho. Estava com a ansiedade do pré-encontro - e só estava saindo com a minha mãe, pelo amor de Deus!

Sobre o que iríamos conversar? E se ela não gostasse do restaurante que escolhi? Ou do filme? E se não gostasse de nenhum dos dois?

Quando estacionei em frente à sua garagem, percebi o quanto ela também estava nervosa com o nosso encontro. Estava me esperando na porta, já de casaco. Tinha feito um penteado especial. Sorria.

- Eu disse para as minhas amigas que ia sair com o meu filho e todas ficaram impressionadas - falou enquanto entrava no carro. - Mal podem esperar até amanhã para ouvirem a respeito da nossa noite.

Não fomos a nenhum lugar chique, apenas um restaurante do bairro, onde pudéssemos conversar. Quando chegamos lá, ela agarrou meu braço - metade por carinho, metade para ajudá-la a subir os degraus para o salão.

Sentamos e eu tive que ler o cardápio para nós dois. Os olhos dela só vêem grandes formas e sombras. Já tinha lido metade das entradas, quando olhei para cima. 

Mamãe estava sentada do outro lado da mesa, olhando para mim. Tinha um sorriso pensativo nos lábios.

- Era eu quem lia o cardápio quando você era pequeno disse.

Entendi imediatamente o que ela estava dizendo. De responsável a dependente, de dependente a responsável, nossa relação se invertera completamente.

- Então chegou a hora de você relaxar e me deixar retribuir o favor - falei.

Conversamos agradavelmente durante o jantar. Nada avassalador, apenas sobre nossas vidas. Conversamos tanto que perdemos o filme.

- Saio com você novamente, mas só se você deixar eu pagar o jantar da próxima vez - disse minha mãe quando a deixei em casa. Concordei.

- Como foi o seu encontro? - minha esposa quis saber quando cheguei em casa aquela noite.

- Bem... melhor do que eu esperava - respondi. Ela deu seu sorriso eu-bem-que-disse.

Desde aquela noite, tenho tido encontros regulares com minha mãe. Não saímos toda semana, mas tentamos nos ver pelo menos duas vezes por mês. Sempre jantamos e às vezes assistimos a um filme. No entanto, na maior parte das vezes apenas conversamos. Conto-lhe dos desafios diários de meu trabalho. Conto vantagem a respeito de meus filhos e de minha esposa. Ela atualiza meu conhecimento a respeito das fofocas da família com as quais pareço nunca estar em dia.

Também me conta do seu passado. Agora eu sei como foi para minha mãe trabalhar em uma fábrica durante a Segunda Guerra Mundial. Sei como ela conheceu meu pai lá e como eles se cortejaram no bonde durante aqueles tempos difíceis. Ouvindo essas histórias percebi o quanto elas significam para mim. São minhas histórias. Não me canso de ouvi-las.

Mas não conversamos apenas a respeito do passado. Também conversamos sobre o futuro. Por causa de problemas de saúde, minha mãe se preocupa com os dias por vir.

- Tenho tanta coisa para viver - ela me disse certa noite. - Tenho que estar aqui enquanto meus netos crescem. Não quero perder nem um pouquinho.

Como muitos amigos da minha geração, tenho a tendência de viver correndo, enchendo ao máximo a agenda enquanto luto para fazer com que a carreira, a família e os relacionamentos caibam na minha vida. Com freqüência reclamo da velocidade com que o tempo passa. Passar algum tempo com a minha mãe me ensinou a importância de diminuir o ritmo. Finalmente entendi o significado de um termo que ouvi um milhão de vezes: qualidade de vida.

Peggy estava certa. Sair com outra mulher realmente ajudou meu casamento. Fez de mim um marido e um pai melhores e, espero, um filho melhor.

Obrigado, mamãe. Eu te amo.

(David Farrell)







Lindo não é mesmo? 

e verdadeiro!!

Passar um tempo,
conviver
estar junto
se fazer presente
se importar
 com quem amamos 

só faz bem para ambas as partes!!








Com Carinho


Sillas









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