Olá!!
Hoje, domingo de Páscoa, venho com uma mensagem super
especial, do querido Padre Fábio de Melo.
Ele que semana passada, perdeu sua mãe dona Ana,
ontem foi seu aniversário, hoje fez a missa de Páscoa
e de sétimo dia da sua mãe e nos surpreende com sua força e
palavras tão amáveis.
O meu melhor amigo
O meu melhor amigo morreu porque amou demais;
morreu porque
não sabia mentir
O meu melhor amigo morreu numa tarde triste de sexta-feira.
O sol ainda era quente e o calor era intenso.
Morreu de um jeito cruel.
Vítima de um sistema político e religioso que não sabia
entender que Deus prefere os miseráveis.
Morreu porque amou demais; morreu
porque não sabia mentir.
O meu melhor amigo, não sabia ser indiferente.
Viveu o tempo todo recolhendo os que estavam caídos
e desacreditados.
Ser humano inesquecível
Ele foi um ser humano inesquecível. Entrava em lugares
proibidos e dormia na casa de pessoas abomináveis.
Trocou santos por Zaqueu, doutores por Mateus.
Não se preocupava com o que os outros estavam achando d’Ele,
mas ocupava-se de sua vida como se cada instante
vivido fosse o último.
Meu melhor amigo tinha o poder de ser irreverente.
Ele
olhava nos olhos dos fracassados e lhes restituía a coragem perdida.
Segurava nas mãos dos cansados e os convencia que
ainda lhes
restavam forças para chegar.
O meu melhor amigo era desconcertante. Tinha o dom de
confundir os sábios e encantar os simples.
Eu, certa vez, também me encantei
com ele.
Chegou num dia que eu não sei dizer qual foi.
Chegou numa hora que não sei precisar.
Sei que chegou, sei que veio. Entrou pela porta da
minha vida e nunca mais O deixei sair. Somos íntimos.
Minha fala está presa a fala dele. Eu O admiro tanto,
que acabo tendo a pretensão de querer ser como Ele.
Já me peguei cantando para Ele os versos de Tom Jobim:
“Não há você sem mim e eu não existo sem você!”.
Ele
sorri quando eu canto.
Meu melhor amigo me ensina a ser humano
Ele me ensina que a vida é uma orquestra linda, mas dói.
Ele me ensina a apreciar os acordes tristes … e aí dói menos.
A beleza distrai a tristeza. Foi assim que eu assisti
à sua morte na Sexta-feira Santa.
Eu sabia que era passageira. Era apenas um interlúdio
feito
de acordes menores, dilacerantes de tão tristes.
Meu amigo não sabe ser morto. Ele gosta é de ser vivo,
vivente! E é assim que eu entendo a dinâmica da Ressurreição.
Quando digo: “Ele está no meio de nós!”; eu estou convidando
o meu amigo a ser vivo através de mim. Quem ama, de verdade,
leva sempre a
criatura amada por onde vai.
E é assim que o amor vai se tornando concreto no meio de nós.
É assim que a vida vai ficando eterna, e a gente vai
ressuscitando aos
poucos.
Hoje, eu acordei mais feliz. Nada de especial me aconteceu.
Apenas me recordei de que, meu melhor amigo, ainda acredita
em mim, apesar de
tudo.
Eu sou um legítimo representante de Sua ressurreição no mundo.
Não posso me esquecer disso.
As pessoas olham para mim e, eu espero que elas não
me vejam, espero que vejam o meu melhor amigo, em mim.
Padre Fábio de Melo
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Lindo não é mesmo?
Minha mãe já tem uns oito anos lê este texto na igreja nos dias de Páscoa,
Este ano, nesse tempo que estamos vivendo com as igrejas fechadas, ela não pode ler,
mas nos mandou e foi tão bom recordá-lo.
É tão especial, me emociono sempre que o leio.
E gosto de poder ler, sem distrações, para poder prestar atenção em todos os detalhes do texto e a todas a emoções que vão surgindo.
E a frase final é simplesmente maravilhosa: "As pessoas olham para mim e, eu espero que elas não me vejam, espero que vejam o meu melhor amigo, em mim."
Feliz Páscoa!!
Que seja um tempo de renovação e passagem, desta doença, para a saúde!!
é o meu desejo: muita saúde a todos!!
Eu tenho muita fé que logo tudo ficará bem, em nome de Jesus!
Deus os abençoe!
Tenha uma ótima semana.
Com Carinho
Sillas
Lindo e emocionante!
ResponderExcluirObrigada!!! Que bom que gostou! Volte sempre, bjossss
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